
Santa Cruz do Sul, 10 de setmbro de 2009.
Recursos para tornar as aulas de matemáticas mais interessante e significativas
O uso de recursos tais como modelos e materiais didáticos nas aulas de matemática não é uma idéia recente. Comenius (1592 – 1670), em sua Didactica Magna, já apontava que o uso de diversos recursos nas aulas auxiliaria a “desenvolver uma melhor e maior aprendizagem”. Nessa obra, ele recomendava que fossem pintadas fórmulas e resultados nas paredes das salas de aula e que fossem construídos modelos para ensinar geometria. Nos séculos XVIII e XIX, os educadores Pestalozzi (1746 – 1827) e Froëbel (1782 – 1852) defendiam que uma ampla atividade por parte dos alunos seria essencial para uma “educação ativa”. Entretanto, é a partir do movimento da “escola nova”, com John Dewey (1859 – 1952) que a pedagogia ativa ganhou força. Educadores como Maria Montessori (1870 – 1952) e Decroly (1871 – 1932), inspirados nos trabalhos de Dewey, Pestalozzi e Froëbel, criaram inúmeros jogos e materiais visando melhorar o ensino de Matemática. Nos anos seguintes, vários materiais didáticos foram desenvolvidos com este objetivo.
Fonte:www.sbem.com.br/files/ix_enem/...de.../RE03720368998T.doc
Entre os recursos didáticos citados nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) destacam-se os ''jogos''. Segundo os PCN, não existe um caminho único e melhor para o ensino da Matemática, no entanto, conhecer diversas possibilidades de trabalho em sala de aula é fundamental para que o professor construa sua prática.
''... um aspecto relevante nos jogos é o desafio genuíno que eles provocam no aluno, que gera interesse e prazer. Por isso, é importante que os jogos façam parte da cultura escolar, cabendo ao professor analisar e avaliar a potencialidade educativa dos diferentes jogos e o aspecto curricular que se deseja desenvolver'' (PCN, 1997,48-49).
Fonte:http://websmed.portoalegre.rs.gov.br/escolas/giudice/jogosmatematicos2_confeccao.html
Confira: http://websmed.portoalegre.rs.gov.br/escolas/giudice/jogosmatematicos2_confeccao.html
A presença de materiais didáticos nas aulas de matemática vem sendo incentivada e, atualmente, é impossível que se discuta o ensino desta ciência sem citar esse recurso de ensino. Entretanto, não basta a utilização de materiais didáticos se esses ficarem restritos apenas à manipulação dos alunos de forma lúdica e sem função educativa. É necessário que seu uso esteja atrelado a objetivos bem definidos quanto ao aspecto de promover a aprendizagem da matemática.
Para Fiorentini e Miorim (1990), o importante da ação é que ela seja reflexiva e que o aluno aprenda de modo significativo, desenvolvendo atividades nas quais raciocine, compreenda, elabore e reelabore seu conhecimento, sendo que o uso de materiais pode trazer uma grande contribuição nesse sentido. Afinal, o aluno é um sujeito ativo na construção do seu conhecimento; ele aprende a partir de suas experiências e ações, sejam elas individuais ou compartilhadas com o outro.
Saiba mais:
FIORENTINI, D.; MIORIM, M. A. Uma reflexão sobre o uso dos materiais concretos e jogos no ensino da matemática. Boletim da Sociedade Brasileira de Educação Matemática, São Paulo: SBEM-SP, n.7, p. 5-10, 1990.
O Material Dourado, também denominado base 10, é um dos muitos materiais idealizados pela médica e educadora italiana Maria Montessori para o trabalho com matemática. O material é constituído por cubinhos, barras, placas e cubão, que representam, respectivamente, as unidades, dezenas, centenas e unidades de milhar. Destina-se a atividades que auxiliam o ensino e a aprendizagem do sistema de numeração decimal-posicional e dos métodos para efetuar as operações fundamentais (ou seja, os algoritmos).
No ensino tradicional, as crianças acabam "dominando" os algoritmos a partir de treinos cansativos, mas sem conseguirem compreender o que fazem. Com o Material Dourado a situação é outra: as relações numéricas abstratas passam a ter uma imagem concreta, facilitando a compreensão. Obtém-se, então, além da compreensão dos algoritmos, um notável desenvolvimento do raciocínio e um aprendizado bem mais agradável.
Confira atividades no site abaixo:
O jogo de blocos lógicos contém 48 peças divididas em três cores (amarelo, azul e vermelho), quatro formas (círculo, quadrado, triângulo e retângulo), dois tamanhos (grande e pequeno) e duas espessuras (fino e grosso).
É um material extraordinário para estimular na criança aspectos tão fundamentais como analisar, comparar, raciocinar e julgar, partindo da ação, para então desenvolver a linguagem
Confira atividades no site abaixo:
A importância atribuída aos materiais concretos tem raiz nas pesquisas do psicólogo suíço Jean Piaget (1896-1980). Segundo Piaget, a aprendizagem da Matemática envolve o conhecimento físico e o lógico-matemático. O conhecimento físico ocorre quando o aluno manuseia, observa, analisa, identifica e opera com o material. O lógico-matemático se dá quando ela usa seus atributos ou opera sem ter o material em mãos (raciocínio abstrato).
Material:
· folha de papel milimetrado
· transparência para retro projetor
· uma tachinha
Objetivos:
· Identificar os eixos de seno e cosseno no círculo trigonométrico.
· Observar a posição do eixo das tangentes em relação ao círculo trigonométrico.
· Determinar os valores do seno, cosseno e tangente dos ângulos escolhidos.
· Desenhe uma circunferência de raio de 10 unidades no papel milimetrado.
· Trace o eixo das abscissas e das ordenadas, de modo que fiquem perpendiculares e passem pelo centro da circunferência.
· Cada metade dos eixos será o raio da circunferência. Gradue esse raio com números decimais, de modo que a origem seja 0 (zero) e a extremidade seja 1 (um) ou -1 (um negativo), dependendo do sentido do eixo.
· Marque na circunferência os ângulos de 0o a 360º.
· Delineie o eixo das tangentes, que é uma reta paralela ao eixo das abscissas e tangente à circunferência.
· Na transparência, desenhe uma circunferência de 5 unidades de raio.
· Trace uma reta na circunferência desenhada na transparência que passe pela origem.
· Prenda a transparência sobre o papel milimetrado, com a tachinha, de modo que esta fique sobre o centro da circunferência de papel milimetrado e o ponto de intersecção entre a reta e a circunferência da transparência.
· Para descobrir o valor do seno, do cosseno e da tangente de um ângulo, gire a transparência e deixe a reta desenhada sobre o ângulo desejado. O valor do seno e do cosseno será o ponto de intersecção da circunferência da transparência com os eixos coordenados. O valor da tangente será a graduação da intersecção da reta da transparência com o eixo das tangentes.
Fonte: www.sbem.com.br/files/ix_enem/...de.../RE03720368998T.doc